Embora tenham conquistado a plateia na Sapucaí na primeira noite, os carros alegóricos altos causaram problemas para algumas agremiações. Acidentes marcaram o desfile da Portela e da Unidos da Tijuca.
Veja como foi um pouco do desfile de cada uma das escolas de samba que desfilaram no dia 10/02
Unidos da Tijuca
Mesmo tendo encantado o público, os carros alegóricos foram o principal problema da Unidos da Tijuca na avenida. Logo no início do desfile uma peça do abre-alas quebrou por um erro de manobra, e um buraco se abriu entre a alegoria e a comissão de frente. O veículo precisou de atenção especial para cruzar o sambódromo e foi serrado na dispersão para desobstruir a passagem do restante da escola.
O segundo carro também teve problemas após entrar na avenida. Uma fumaça saiu do alto, e quatro bombeiros chegaram a escalar a alegoria para ajudar os membros da agremiação que estavam em cima. Rapidamente a situação foi controlada e o carro continuou andando, mas outro buraco se formou.
Mocidade
O enredo "Eu vou de Mocidade com samba e Rock in Rio - Por um mundo melhor" teve o veterano Serguei, de 79 anos, como destaque no carro abre-alas. "Eu sou um roqueiro carioca e o desfile não ficou devendo nada ao Rock in Rio", disse. "A Janis Joplin? Ia morrer de rir e falar coisas malucas para mim", afirmou.
A Mocidade se apresentou com 3.600 componentes, em 36 alas, divididos por sete setores, com sete alegorias. "Todos os carros têm clima de palco", definiu o carnavalesco Alexandre Louzada. O evento teve sua trajetória contada por meio de ídolos de vários gêneros.A bateria dos mestres Bereco e Dudu teve companhia do cantor e ator Evandro Mesquita. O líder da Blitz acompanhou a bateria segurando uma guitarra. Elza Soares, Ivo Meirelles, Marcelo Yuca e integrantes de bandas como Kid Abelha, Detonautas e Skank apareceram juntos no fim do desfile. Sósias também caíram no samba. Covers de Elvis Presley, Cazuza, Raul Seixas, Jimmy Hendrix, John Lennon, Donna Summer, Michael Jackson e Renato Russo fizeram performances na Sapucaí.
Portela
Aos 90 anos de idade, a tradicional Portela encerrou a primeira noite de desfiles na Marquês de Sapucai homenageando os 400 anos do bairro de Madureira, no subúrbio do Rio, onde fica a quadra da escola. Outra efeméride foram os 70 anos do cantor e compositor Paulinho da Viola, ícone da escola. Foi ele o escolhido como o fio condutor do enredo deste ano, "Madureira... O meu coração se deixou levar".
Os 3.700 componentes foram divididos em 31 alas. A comissão de frente surpreendeu com uma transformação ao vivo: um trem virou teatro e componentes fantasiados de malandros se vestiram de vedetes na frente do público. A águia símbolo da azul e branca veio estilizada neste ano, no primeiro carro.
O enredo contou a história de Madureira com destaque para as origens, a religião, a cultura e o comércio do bairro. A escola também dedicou uma ala e uma alegoria à sua coirmã Império Serrano. No fim do desfile, um carro trazia Paulinho da Viola cercado pela Velha Guarda da escola.
União da Ilha
A União da Ilha do Governador celebrou os 100 anos do nascimento de Vinicius de Moraes, contando a história da vida e da obra do poeta, compositor e dramaturgo. Orfeu, Garota de Ipanema e outros sucessos foram lembrados, além das parcerias que o homenageado fez com Toquinho, Tom Jobim, Carlos Lyra, Baden Powell e outras estrelas da música popular brasileira.
Em uma das alegorias, Toquinho foi um dos destaques do desfile, que teve ainda a presença da garota de Ipanema Helô Pinheiro e da atriz Letícia Spiller.
Salgueiro
Com o enredo "Fama", o Salgueiro tratou da busca por reconhecimento e do desejo de imortalidade, mostrou máquinas fotográficas, personagens históricos e o mundo de celebridades no desfile que marcou os 60 anos da escola. Na comissão de frente, uma limusine vermelha e brilhante trouxe a figura de Chacrinha para saudar o público. A coreografia teve ainda integrantes vestidos de Marilyn Monroe e Amy Winehouse, que brigaram no alto do carro. Marilyn caiu e foi salva pela bandeira da escola, estendida por um grupo de fotógrafos que sambaram com câmeras na mão.
A rainha de bateria Viviane Araújo foi uma das atrações do Salgueiro, junto com Adriana Bombom, Mônica Nascimento e outras musas. A agremiação homenageou ainda anônimos que ajudaram a escola ao longo dos anos e Djalma Sabiá, único fundador ainda vivo.
Inocentes de Belford Roxo
Para sua estreia no Grupo Especial, a Inocentes de Belford Roxo levou para a Sapucaí um pouco da história da Coreia do Sul. Um dos símbolos coreanos, a Rosa de Saron, foi representado pelo casal mestre-sala e porta-bandeira Rogério Dornelles e Lucinha Nobre. Lucinha completou seu 30º desfile como porta-bandeira e fez sua estreia pela Inocentes.
Cerca de 300 imigrantes e descendentes coreanos foram convidados a participar do desfile da Inocentes. No terceiro carro, muitos deles foram destacados por meio de fotos de famílias na lateral da alegoria.
Direto da redação: Evandro Faustino
Fonte de pesquisa: g1.com
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